Agora são Horas e Minutos - Bem vindo ao meu site

01/02/2007

SÓ A GAROTA
Ai, Ai, Ai, aqui estou eu, novamente nesta cama, somente eu e ela... E este luar cruel, que só a mim ilumina, zomba da garota que queria ser amada - nem lembro bem como seria. Por que as pessoas são tão frias, tão pouco pessoas? E para onde pensam que vão assim tão depressa? Assim me deixam, e fico me sentindo infinitamente sozinha. Queria agora que alguém viesse e batesse aqui fora, e batesse aqui dentro, para entrar de verdade! Pois estou farta de programas ordinários. Embriagar um pouco os sentidos e fingir que a vida é assim, uma sucessão de eventos sem nexo, onde vagamos como folhas ao vento. Ah, quantas vezes eu também tentei beber um pouco, sacudir-me para todos os lados, e depois pensei: "que bobagem! Onde estou"? Eu certamente não posso com isto. E nem comigo mesma! Isto sem falar naqueles que saem para caçar qualquer uma. Destes ao menos estou salva: meu olhar desconcerta todos os insensatos de uma só vez. Estranho paradoxo: sou comunicativa e isolada, aqui perdida no quarto bem assombrado. E como dói, em cada centímetro, a ausência de todos, e a ausência de um só. Me deixaram assim, muito triste, sem esperança, só na base do "deixa disso". Não posso deixar de se eu mesma. É assim que devo ser, é assim mesmo, apenas me falta a ti... - enorme suspiro - Onde estás? Alô? Onde estás? Faço silêncio para te ouvir... Silêncio... Silêncio... E ouço minhas lágrimas ao cair, sem piedade de mim. Essa dor engrandece meu espírito, mas como judia desta garotinha. Está bem se for algo pelo que precisamos passar, para que nossa alegria seja completa depois, mas tenho muito medo. Não sei se não te fostes antes mesmo de ter chegado. O que andas fazendo, meu amado? Não gostas mais de mim? Onde deposita a tua esperança, e a quem dedica este teu amor que não tem fim? São ainda meus os teus elogios? Se são, diga-me novamente, assopra ao pé do meu ouvido e renova esta tua marca na minha alma que tanto te quer. Só tu sabes na medida certa que eu sou a grande e pequena mulher, pois és aquele que sabe ler os mistérios do meu corpo encantado, nesta arte toda preparado. É, e ele cai aqui desmontado sob os lençóis, torpe, como carta sem endereço. Diga-me que é mentira, que não te mudaste em modernidade. Me lembra de como nós, crianças, brincávamos com barro e serragem, rolávamos no chão, construindo castelos com um punhado de pedrinhas. Não me diga que acha bom agora estar num apartamento branco com carpete!!! Eu pensava que iríamos desenhar o mundo, e não nos submeteríamos a estas armadilhas da construção civil. Pensei que iríamos juntos viver também, e não apenas sobreviver, e que eu ganharia mais do que a minha faxineira. É, salário competitivo! Me deixa um tempão para a arte! Puxa, eu hoje estudei pra caramba! Mas de que me adiantam quatro idiomas se não falas comigo agora? Queria tanto ouvir tua voz, teu riso, e ter estes teus lábios charmosos para me beijar. Vê como estou quietinha, e como a minha barriga precisa de um carinho pequenino teu, da suavidade que somente tuas mãos têm. E tu não me dás, não me encontras, não vens aqui me descobrir nesta casa, neste momento. Mais propaganda minha eu não posso fazer. Ô, coisinha deselegante ficar se exaltando. Somente na minha humildade e na discrição dos meus segredos é que construo este rico tesouro para te dar. É, este mesmo que ignoras. O telefone toca. "Sim"? E nestes mínimos instantes meu coração se enche de esperança. Ou curiosidade? Mas não, é claro que tem que ser o Ba, que não larga do meu pé. Ele é riquinho, mas não chegou a bater o gongo. Depois de algumas respostas quase simpáticas eu o despeço, com a sensação de que poderia ser mais amável. E ele nem sabe que eu continuo triste e só aqui, e que daria muito para que até ele mesmo viesse aqui me abraçar, para eu me sentir amada. Eu e o meu orgulho. Mas não tem jeito. Se dou a mão ele logo vai querer o resto todo, para sua grande felicidade. Mais uma vez cabe a nós mulheres fazer a coisa certa. Vocês homens são tão cafajestes! Cedem a qualquer provocação, de preferência às mais primitivas. Como se não bastasse, acabam achando que isto é normal. Mas nós sabemos que não foi sempre assim, e que nossas almas eram ingênuas e belas, com capricho enfeitadas. De repente desistem de se erguer. Homo Erecto deixa que seu espírito rasteje nos escombros dos seus sonhos. E nós que continuamos sonhando não somos realistas. Quem é realista então, e qual é a realidade? São estes monstrinhos que me passam pela cabeça, ou este quarto árido assim como está, imóvel, inerte... Tão parado que chega a me incomodar. Não há como permanecer aqui. Levanto-me e ando cambaleando para qualquer lugar. Toco delicadamente a parede, e nela apoio meu rosto e as palmas de minhas mãos. "Ó, parede, quê me dizeis? Qual a companhia e o conselho que me dais"? Ela quase responde com o meu bocejo. E já que eu, cansada, não tenho coragem de fingir que estou bem, tomo um pequeno travesseiro e vou deitar no chão da minha sala, sobre o tapete que tu querias que eu tivesse. E assim eu adormeço, sentindo a gravidade desta posição, para acordar com o sol de um novo dia.
Mais um dia chuvoso
A chuva caiu durante a noite, foi mais uma noite fria, o relógio aora já anuncia que já é outro dia, mas ainda está tudo escuro, o sol não apareceu...É um dia triste que nasceu,um dia cinzento e chuvoso...Olho pela janela e não vejo nada além de carros parados e árvores caídas, e outros olhos nas janelas, está tudo tão solitário...O telefone não toca a mais de uma semana, às vezes penso em ligar para ela, teclo os números mas desligo antes que alguém atenda, tlavez não seja ela, talvez ela não se lembre de mim, talvez eu não saberei o que dizere ficarei em silêncio enquanto ela pergunta quem é...A chuva cai lá fora, e meu coração inundado faz lágriamas brotarem de meus tristes e fundos olhos...Eu tive a estrela d'alva, e sem perceber fui deixando ela partir, o inverno chegou agora vejo o quanto eu preciso dela, e percebo o quanto eu não fiz, e tudo que eu não disse...Trovões silenciam os meus soluços e os meus gritos de arrependimento, eu deixarei que ela partisse e ela nem sabe o quanto à amo...O vento derruba as árvores sobre os carros nas ruas, o vestígio do perfume dela que ficou em minhas roupas estraçalha o meu coração, e os pensamentos meus se perdem em fantasias que nunca se realizam, e choro...Se eu pudesse abraça-la, e sentir o toque de seus rubros lábios, acredito que ela me perdoaria, mas ela está tão distante...
Silêncio...
Escuto aquela canção nobre Que os sons não a fazem E só a alma percebe As Odes imortais da solidão Onde moram os que se esquecem? A ave negra do alto corteja O sublime canto das dores reais... A pálida beleza da amada... Que voz pálida e pútrida vem Embalar minha morada Cujo anjo frio me olha Aonde meu caminhar... Não existe Meu doce e mortal sangue... Não existe Agora só o venenoso soro Corre no meu corpo E a paz atormentada Não me acalma Como a canção que não faz som...
Fácil e difícil
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros. Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma... Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece. Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa. Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...Difícil é mentir para o nosso coração.Fácil é ver o que queremos enxergar...Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.Fácil é ditar regras e, Difícil é segui-las...
Sem Título
Despertei Com muita inquietação, de um sonho Em que reinava a solidão. Não havia paz E nem vi o pássaro chamado liberdade, No meu coração apenas silêncio, somente amargura. Olhei para a minha almaE foi aí que vi a esperança. Porque no fundo Dentro de nós vive uma criança.
Só...Sempre só!
Nas tristezas, estou só...Nas alegrias , estou só...Na solidão, estou só...Quando preciso de alguém, estou só...Quando a angústia me invade, estou só...Quando preciso abrir meu coração, estou só...Quanto sinto a Saudade, estou só...Quando quero partilhar, o bem ou mal, estou só...Estou sempre só...sou um Ser só!


No silêncio
No silêncio Do meu desânimo triste, Fui quebrando As últimas ilusões... Da vida não quero nada. O que é que a gente constrói Dando amor ou amizade? Tranquiliza-te, sei bem: Eras o único afecto - Um frágil fio de cambria Envolvendo A mais sólida ilusão - Que se esvaiu como as outras... Da vida não quero nada. De tudo me hei-de esquecer... E se aperto com dinamismo O nó da minha gravata, É ainda um defeito inútil - Dos poucos que hei-de manter.
Silençio
À noite enquanto o sono me envolve como bluma Os braços, como ímãs, atrai o firmamento. Com os olhos de sono vejo velhos, moços, devassos e santos assoviando em mim a voz do vento Murmurando o gemido do mar. Enquanto o sono envolve como bluma, A noite me leva até Onde o silêncio dorme...
Arrependimento
Silêncio ... frases soltas nos diz a verdade, resposta que adivinhamos A boca lambe os sonhos que vem não sei de onde, E nos fazem presa aqui e ali Em verso, um monólogo que alumia Um quarto vazio Uma canção de ninar Um abraço apertado O aconchego em meu peito Um segredo a ser desvendado:
Natureza Morta
Deitado no pequeno espaço entre essas duas covas frias eu tento me esconder até a noite chegar...Os minutos demoram passar,e esse silêncio fúnebreme faz adormecer calmamente...De repente sinto o vento de asas e abro os olhos e vejo a luar efletida nas placas que cobrem os túmulos...Levanto e caminho descalço meio as rosas murchas, e túmulos ainda frescos, a brisa fria toca meus lábios qual um doce beijo...Meu ser está em paz, não me sinto mais diferente de todos, pois apesar de ainda respirar, estou morto...Às vezes uma coruja vem e silenciosamente fica olhando em meus olhos, e mais uma vez uma estranha paz me envolve quando mergulho naqueles doces horizontes cinzentos...Quando percebo, por de trás das árvores secas e retorcidas vejo as nuvens de sangue anunciando que tenho que ir para casa, e uma lágrima cai de meu olho...Aprendi a amar a noite, pois nela me descobri, aprendi a temer o dia, pois tudo parece inalcançável...
Silençio
O silêncio é uma lâmina afiadíssima que vai cortando lascas pacientemente do coração da gente. E apesar de tudo de ser silêncio ele é um grito sufocante aterrorizante na alma da gente.Sempre o desejamos ardentemente sem esperar, no entanto displicente que ele atenda a gente.O silêncio é na verdade misterioso contém muitas histórias doloridas sobre a vida da gente.Estou nesse momento nos braços do silêncio agarro-me a ele com medo de cair de repente...Porque apesar de triste é companheiro e se temos que ficar assim esquecidos que seja no silêncio. Ele faz parte da gente...

31/01/2007

Musica


En El Silencio Negro De La Noche
By Alexandre Pires
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